Ford já se posicionou contra as medidas e propõe mudanças nas novas regulamentações
A União Europeia anunciou planos de banir das ruas todos os carros movidos a combustíveis fósseis até 2050. A estratégia é reduzir o tráfego de carros a gasolina e diesel pela metade até 2030, principalmente nas áreas urbanas.
O plano prevê o incentivo do uso da tecnologia híbrida nos próximos 20 anos e aos poucos operar a transição para carros 100% elétricos. Além disso, também haverá o incentivo ao uso dos transportes públicos.O objetivo do projeto é reduzir as emissões de CO2 na atmosfera relacionadas a tráfego de automóveis, ônibus e caminhões em 60% até 2050. A maior parte da redução virá da emissão zero de CO2 nos centros urbanos, onde hoje 75% das viagens são feitas de carro.
O anúncio já gerou críticas da indústria automobilística. A Ford divulgou um comunicado que contrapõe diveros fatores apresentados pela União Europeia. Segundo a marca, a obrigatoriedade no uso de carros elétricos limitaria o poder de escolha do consumidor para seu meio de transporte pessoal. Além disso, a marca americana acredita que o aumento da eficiência dos motores à combustão e o investimento em novas tecnologias para redução do consumo e emissões pode surtir efeito semelhante, sem que toda a matriz energética precise ser mudada.
Além disso, a Ford também atacou duramente a decisão da Comissão Europeia ao questionar os meios de produção da energia elétrica necessária para abastecer os novos modelos. Atualmente na Europa, a principal fonte de energia são as usinas termelétricas, que emitem tanto ou mais CO2 quanto o tráfego de automóveis.